O plantel mais caro do mundo!!

O plantel mais caro do mundo!!
Jogam sujo, recebem muito, viciam o jogo e perdem sempre...

15/05/2010

Ser filha de ministro tem as suas regalias - Panelinhas do Governo‏


1. Sabem em que consiste a "manutenção" do site do ministério da justiça ?

Não ? Ok ! Eu esclareço: trata-se de actualizar conteúdos, um trabalho que provavelmente muitos dos v/ filhos fazem lá na escola ou em casa "com uma perna às costas". Por falar em "costas" acham que o ministro Costa recorreu ao otl e pediu um puto qualquer para tratar do assunto ? Não ! Trata-se de uma tarefa altamente técnica que justifica uma remuneração de 3.254,00 euros mais o subsídio de almoço, claro !
2. E sabem quem tem o perfil adequado para essa extremamente especializada função ?
Não ? Ok ! Eu esclareço. Trata-se de Susana Isabel Costa Dutra. Susana Isabel Costa Dutra, é ( por um acaso daqueles que só acontecem em Portugal) filha do ministro Alberto Costa.
Et OUI !

11/05/2010

Os super intiligentes e competentes gestores

É preciso que se saiba que:
"... os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro,
                 mas os nossos gestores recebem, em média:


                       - mais 32% do que os americanos;
                       - mais 22,5% do que os franceses;
                       - mais 55 % do que os finlandeses;
                       - mais 56,5% do que os suecos"

E são estas "inteligências" (?) que chamam a nossa atenção: "os portugueses gastam acima das suas possibilidades". São estes os incompetentes que andam a promover prejuizo e a comer emprestado.

(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/09)

10/05/2010

Bom dia à TSF e aos radio-ouvintes e muito obrigado por poder participar.

Bom dia à TSF e aos radio-ouvintes e muito obrigado por poder participar.
O meu nome é Gabriel Órfão Gonçalves e sou jurista e professor no ensino particular

Eu gostava de falar do TGV e, se houver tempo, do Aeroporto.
Ora bem, em primeiro lugar, nós temos, de um vez por todas, de deixar de falar em TGV. TGV quer dizer Train à Grande Vitesse. TGV refere-se portanto ao comboio. Ora nós nesta altura não deveríamos estar a falar do material circulante, isto é, do comboio, mas sim da infra-estrutura ferroviária, das linhas férreas, das suas especificações.
Ora o grande problema de Portugal é ter um bitola – que é a distância entre carris – que é diferente da bitola dos caminhos de ferro da Europa. Não é possível que um comboio português siga directamente de Portugal para a Europa além-Pirinéus. Não é possível, ponto final. Isto faz com que toda a importação e exportação feita com a Europa além-Pirinéus seja feita por camião TIR, que fica muito mais caro que o comboio. Tenho à minha frente um documento do MOP que diz que em 2008 nós importámos 0 toneladas da Europa por comboio e exportámos 8 toneladas. Isto é uma vergonha.
Se Portugal não mudar a sua bitola, da ibérica para a europeia, ficará completamente isolado, ferroviariamente, da Europa. E ficará porque a Espanha está a avançar a todo o vapor para as ligações por bitola europeia com França, concretamente nas linhas Irun/Hendaye-Dax-Bordéus, no extremo oeste do istmo peninsular ibérico, e Barcelona-Figueras-Perpignan-Montpellier, no extremo oposto (leste).
Nessa altura, como é que fica Portugal em relação com a Europa? Fica isolado.
Ora bem, as pessoas dirão então que o TGV é fundamental, para fazer esta ligação. Não é. Falar de TGV em vez de falar de linhas férreas é como falar de Ferraris em vez de falar de estradas. Isto é um discurso de malucos. E a comunicação social tem culpa ao falar constantemente em TGV, quando devia falar em caminhos de ferro. [A TSF interrompeu-me o discurso aqui e não me deixou continuar. Antes tinha falado a ex-secretária de Estado Ana Paula Vitorino que falou, falou, falou, e só disse… enfim. A seguir a mim veio o António Mendonça. Fiquei literalmente entalado entre dois monstros sagrados da ferrovia!] O TGV não é caminho de ferro, é um comboio! Nós não devemos importar comboios. Devemos ser nós a fazê-los com o mínimo recurso possível a know-how estrangeiro. Mas devem ser feitos cá dentro, com operários portugueses. Eu ainda não ouvi uma única palavra dos nossos deputados sobre a necessidade de reabrir a Sorefame, uma empresa ferroviária e metalúrgica que na década de 80 ganhou um concurso internacional para fazer 200 carruagens para o metro de Chicago! (Cf. Wikipédia.)
Ora bem, as pessoas do povo que defendem o TGV fazem-no de boa fé, mas é tempo de perceberem que primeiro é de se pensar nas linhas. Obviamente, e para descansar os ouvintes quero dizer que, actualmente ninguém pensa construir linhas em bitola europeia que não venham a servir os comboios mais rápidos do mundo. Portanto, as linhas servirão sempre para os futuros comboios. Mas que comboios lá vamos pôr, isso são depois as operadoras que decidem. Até podemos ter apenas os espanhóis a circular na linha. É um cenário perfeitamente possível, se Portugal não tiver dinheiro para comprar comboios!
Portugal tem uma faixa atlântica com portos de excepcional potencialidade, com destaque para o porto de Sines, portos esses que permitem receber e enviar mercadorias. Ora isto só se faz ligando os portos à rede europeia. E isto não está nos planos da RAVE. Querem que explique?
A RAVE planeia fazer uma linha em bitola ibérica – não europeia, note-se – para levar as mercadorias para Espanha. Mas de que é que isso nos serve. Sabe o que isto é? É um favor à empresa Takargo, do grupo mota-engil, que não teve a inteligência para planear antecipadamente a compra de comboios em bitola europeia e que insiste em dizer, ignorantemente, que a Espanha ainda levará muito tempo a mudar a sua bitola.
Já a linha europeia Poceirão-Badajoz está, felizmente, preparada para mercadorias, mas há especialistas que dizem que a tonelagem por eixo permitida nessas vias não é de grandeza suficiente para acautelar o futuro. (17 vs. 25 toneladas)
O únicos países que têm TVG são os países que os constroem! Já repararam nisto? Nós temos de começar do princípio. O nosso comboio mais rápido, o Alfa, que faz Lisboa-Porto em 2h e 35, fá-lo a uma velocidade média de cerca de 120 Km/h! Alguém acredita que podemos dar o salto tecnológico para o dobro, num país sem metalurgia, sem metalo-mecânica?
E os partidos não percebem nada disto. É lamentável mas é a verdade. Nem sabem falar português: estão sempre a falar do TGV: uns são a favor, outros contra. Devíamos ser contra a importação de material circulante estrangeiro, devíamos ser a favor da construção de linhas de bitola europeia, e ser imediatamente a favor do ressurgimento da SOREFAME, uma das melhores empresas que Portugal teve. Srs. Deputados, façam o trabalho de casa!
Muitos falam em ligar Portugal à Europa por TGV. Mas, alguém conhece um Londrino que vá de Londres a Frankfurt de TGV??? O que é importante são as mercadorias. E essas não andam de TGV! Andam em comboios a 80-160 Km/h!
Em relação ao Aeroporto, a Portela não está esgotada. Eu só faço uma pergunta: se hoje fosse aberto à operação aérea comercial um aeroporto na região de Lisboa, complementar à Portela, quantos aviões é que os senhores deputados pensam que iam lá aterrar? Com sorte uns 5! O primeiro sinal de que um aeroporto está saturado é o facto de ter slots esgotados e tê-los esgotados por aviões de grande capacidade. Ora quantos Jumbos aterram em Lisboa por semana? Salvo erro 1! Mais de 85 % do tráfego é feito por aviões narrow-body, (um só corredor) que são aviões com capacidade para 150 a 180 passageiros.
(Para terminar, e isto não estava no texto para a TSF, tenho a dizer o seguinte: quem insiste em continuar a falar em TGV nem na Cercis devia ser admitido.
Mais: quando é que o PCP, os Verdes, e o Bloco de Esquerda defendem os operários portugueses e defendem a reabertura da Sorefame? Quando? Já percebemos que os partidos de direita (PSD, CDS, e PS se estão nas tintas para isso.) Mas e os de esquerda??? Defendem os operários portugueses ou os franceses e os alemães e os espanhóis, que são os que fabricam os comboios que o Governo quer ter?)

Não resisto a transcrever aqui as palavras sensatas de Urbano Tavares Rodrigues

Pertenço a uma geração que se tornou adulta durante a II Guerra Mundial. Acompanhei com espanto e angústia a evolução lenta da tragédia que durante quase seis anos desabou sobre a humanidade. Desde a capitulação de Munique, ainda adolescente, tive dificuldade em entender porque não travavam a França e a Inglaterra o III Reich alemão. Pressentia que a corrida para o abismo não era uma inevitabilidade. Podia ser detida. Em Maio de 1945, quando o último tiro foi disparado e a bandeira soviética içada sobre as ruínas do Reichstag, em Berlim, formulei como milhões de jovens em todo o mundo a pergunta «Como foi possível?» Hitler suicidara-se uma semana antes. Naqueles dias sentíamos o peso de um absurdo para o

qual ninguém tinha resposta. Como pudera um povode velha cultura, o alemão, que tanto contribuíra para o progresso dahumanidade, permitir passivamente que um aventureiro aloucado exercesse durante 13 anos um poder absoluto. A razão não encontrava explicação para esse absurdo que precipitou a humanidade numa guerra apocalíptica (50 milhões de mortos) que destruiu a Alemanha e cobriu de escombros a Europa? Muitos leitores ficarão chocados a por evocar, a propósito da crise portuguesa, o que se passou na Alemanha a partir dos anos 30. Quero esclarecer que não me passa sequer pela cabeça estabelecer paralelos entre o Reich hitleriano e o Portugal agredido por Sócrates. Qualquer analogia seria absurda. São outros o contexto histórico, os cenários, a dimensão das personagens e os efeitos. Mas hoje também em Portugal se justifica a pergunta «Como foi possível?» Sim. Que estranho conjunto de circunstâncias conduziu o País ao desastre que o atinge? Como explicar que o povo que foi sujeito da Revolução de Abril tenha hoje como Primeiro-ministro, transcorridos 35 anos, uma criatura como José Sócrates? Como podem os portugueses suportar passivamente há mais de cinco anos a humilhação de uma política autocrática, semeada de escândalos, que ofende a razão e arruína e ridiculariza o Pais perante o Mundo? O descalabro ético socrático justifica outra pergunta: como pode um Partido que se chama Socialista (embora seja neoliberal) ter desde o início apoiado maciçamente com servilismo, por vezes com entusiasmo, e continuar a apoiar, o desgoverno e despautérios do seu líder, o cidadão Primeiro-ministro? Portugal caiu num pântano e não há resposta satisfatória para a permanência no poder do homem que insiste em apresentar um panorama triunfalista da política reaccionária responsável pela transformação acelerada do país numa sociedade parasita, super endividada, queconsome muito mais do que produz. Pode muita gente concluir que exagero ao atribuir tanta responsabilidade pelo desastre a um indivíduo. Isso porque Sócrates é, afinal, um instrumento do grande capital que o colocou à frente do Executivo e do imperialismo que o tem apoiado. Mas não creio neste caso empolar o factor subjectivo. Não conheço precedente na nossa História para a cadeia de escândalos maiúsculos em que surge envolvido o actual Primeiro-ministro. Ela é tão alarmante que os primeiros, desde o mistério do seu diploma de engenheiro, obtido numa universidade fantasmática (já encerrada), aparecem já como coisa banal quando comparados com os mais recentes.

O último é nestes dias tema de manchetes na Comunicação Social e já dele se fala além fronteiras. É afinal um escândalo velho, que o Presidente do Supremo Tribunal e o Procurador-geral da República tentaram abafar, mas que retomou actualidade quando um semanário divulgou excertos de escutas do caso Face Oculta. Alguns despachos do procurador de Aveiro e do juiz de instrução criminal do Tribunal da mesma comarca com transcrições de conversas telefónicas valem por uma demolidora peça acusatória reveladora da vocação liberticida do governo de Sócrates para amordaçar a Comunicação Social. Desta vez o Primeiro-ministro ficou exposto sem defesa. As vozes de gente sua articulando projectos de controlo de uma emissora de televisão e de afastamento de jornalistas incómodos estão gravadas. Não há desmentidos que possam apagar a conspiração. Um mar de lama escorre dessas conversas, envolvendo o Primeiro-ministro. A agressiva tentativa de defesa deste afunda-o mais no pântano. Impossibilitado de negar os factos, qualifica de «infame» a divulgação daquilo a que chama «conversas privadas». Basta recordar que todas as gravações dos diálogos telefónicos de Sócrates com o banqueiro Vara, seu ex-ministro foram mandadas destruir por decisão (lamentável) do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, para se ter a certeza de que seriam muitíssimo mais comprometedoras para ele do que as «conversas privadas» que tanto o indignam agora, divulgadas aliás dias depois de, num restaurante, ter defendido, em amena «conversa» com dois ministros seus, a necessidade de silenciar o jornalista Mário Crespo da SIC Noticias. Não é apenas por serem indesmentíveis os factos que este escândalo difere dos anteriores que colocaram José Sócrates no banco dos réus do Tribunal da opinião pública. Desta vez a hipótese da sua demissão é levantada em editoriais de diários que o apoiaram nos primeiros anos e personalidades políticas de múltiplos quadrantes afirmam sem rodeios que não tem mais condições para exercer o cargo. O cidadão José Sócrates tem mentido repetidamente ao País, com desfaçatez e arrogância, exibindo não apenas a sua incompetência e mediocridade, mas, o que é mais grave, uma debilidade de carácter incompatível com a chefia do Executivo. Repito: como pode tal criatura permanecer como Primeiro-ministro? Até quando, Sócrates, teremos de te suportar? "Como explicar que o povo que foi sujeito da Revolução de Abril tenha hoje como Primeiro-ministro, transcorridos 35 anos, uma criatura como José Sócrates? Como podem os portugueses suportar passivamente há mais de cinco anos a humilhação de uma política autocrática, semeada de escândalos, que ofende a razão e arruína e ridiculariza o País perante o Mundo?"

A história dá boas lições que os governantes teimam em não aprender.

A história dá boas lições que os governantes teimam em não aprender.
Os nossos governantes dizem e fazem precisamente o contrario do que já os imperadores da Roma antiga sabiam.