A história de mulheres que em algum momento das suas vidas tomaram a decisão de explodir o próprio corpo em nome de uma causa. São mulheres-bomba que elegeram Israel como alvo. São três histórias de vida e morte. Três mulheres que decidiram explodir o próprio corpo, morrer e matar em nome da causa palestina.
... Motivações
Filha única, estudante universitária de contabilidade, fluente em inglês, Arin explicou as motivações que a levaram a contactar extremistas para tornar-se bombista-suicida. Em casa, nem uma palavra sobre o assunto disse à família. Vivia-se à época um recrudescer de violência na Intifada iniciada em Setembro de 2000. Com 18 anos na altura, recorda que com a ocupação israelita "não se podia estudar. Não se podia sair à rua. Éramos prisioneiros no nosso próprio país".
"Quando não se tem nenhuma hipótese de mudar as coisas por uma via pacífica, pensamos no que fazer para que o nosso povo possa viver com dignidade". Na sua decisão de se tornar bombista suicida pesou o facto de ver pessoas presas na Igreja da Natividade e que "eram abatidas pelos soldados israelitas quando tentavam sair". Diz também que o exemplo dado por uma mulher palestinana que viu a a lutar contribuiu também para a decisão.
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